Um comentário no Notas e Melodias

Sabes, Jean-Pierre o maior problema da Academia do Porto colocou-se, "penso eu de que", com o crescimento repentino , ao qual não foi possivel dar resposta rápida. Naquele tempo, olha que bonita expresão, alguns haviam que defendiam que todas as Instituições que praticavam Tradição Académica deveriam pertencer ao MCV, entre os quais me incluia. Fiz alguma coisa por isso, reconheço hoje, que pouca. Não me vou gabar das acções que tomei nessa fase, porque não devo nem quero. Tudo o que fiz foi a pensar no que era melhor para a Academia do Porto e quicá do País. Fiz porque era sou e serei um "Eterno Estudante" e um "Eterno Apaixonado" por Tradição Académica. Se algum reconhecimento ainda mereço na minha Academia, embora afastado, penso que se deve a essas acções. Eu devo imenso a quem me recebeu e me transmitiu valores e conceitos correctos de Tradição, como o caso do To Ze, do Eduardo Coelho, do Pedro, do Quim em Letras e de tantos outros com quem me fui cruzando no meu percurso. "Naquele tempo" lembro de ficar embebecido a ouvir o Tó e o Eduardo a falar de Tradição Académica com classe, com elevação, com respeito, com factos e sabedoria. Eram tardes em que até me esquecia de ir trabalhar. Foram os meus modelos. Foram eles que me ensinaram Tradição "Humanista", Justa, Pedagógica. Para mim, o que mais me deixa Orgulhoso, é ouvir ou ler um deles a dizer que não os desiludi. Tenho tido a sorte e o prazer de o ouvir várias vezes. Eu não tenho a sorte de ter um "Nando" naqueles a quem transmiti. Erro meu!