"Afinal quem chora sou mesmo eu"
Ontem fui alertado por um excelente académico, excelente praxista e excelente amigo para o facto de as coisas de Letras andarem a ser devassadas no facebook.
Exitem três páginas que o fazem. "Um doutor de Letras também chora"; "Um tuno também chora"(Comunidade); "Um tuno também chora" (album).
Pensei que ia ser pior o que lá ia encontrar!
Vi páginas de humor com coisas que espero sejam boas caricaturas, logo exageradas, daquilo que se vai passando na minha querida Flup.
Meus caros amigos, e tenho a certeza que os tenho em ambos os lados, que fiquei sem entender se são três ou quatro. Chegou a hora de eu dizer algo para todos, de dar a minha opinião, e não venham com coisas, devo ser a única pessoa que durante 25 anos esteve sempre por Letras ou foi acompanhando interessadamente o que por lá se passa em Tradições Académicas! Sinto-me com Direito e mesmo com o Dever de Opinar!
Antes de tudo o mais, lamento profundamente que as paginas todas não estejam identificadas e sejam personagens. Lamento ainda mais que exista uma personagem que se chama Durapraxis Sedpraxis, amigo sejas lá quem fores não achas que a "Dura Praxis Sed Praxis" é bem mais que tu? Não achas que estás a usurpar algo que é muito maior que tu? Ou será que és mesmo o dono da verdade, e já sabes tudo sobre tradições? Vês... a tua boa intenção de defender a "a praxe" pode por vezes colidir com a mesma e com o interesse de todos! Ninguém sabe tudo sobre Tradição Académica, ninguém é dono da verdade! Eu tenho a certeza que não sou, mas tenho também a certeza que sejas quem fores não gostas mais de Tradições Académicas do que eu, nem sabes mais da "Praxe de Letras" como gostais de dizer do que eu!
Se necessário for, estou disponivel para vos explicar a história da nossa Tradição! Uma Tradição Humanista, Divertida, Integradora e Feliz! Claro que tenho a certeza que não é bem o que por lá se passa agora!
O que encontrei de mais anormal foi ver que andam a colocar os podres da Flup no Facebook, no "meu tempo" as nossas divergencias que também existiam eram resolvidas dentro de portas.
Anormal nisto tudo, é ver a minha CUCA afastar-se da "Praxe de Letras" que eu prefiro dizer a "Praxe que se faz em Letras"!
Anormal nisto tudo é vocês que estais activos não saibam resolver os problemas intra-muros.
Anormal é ver que por muito que eu tenha explicado enquanto estive activo que devemos sempre questionar e procurar as razões para as regras, hoje não vos veja a reagir antes a agirem como "carneiros", só porque vos dizem que é assim!
Anormal nisto tudo considero ser os erros em Tradição que se vão verificando. Anormal nisto tudo é "alguém" criar uma guerra fraticida na minha querida Flup, e dividir algo que para mim é indivisivel. Anormal para mim é ir a uma Tertulia em Letras e constatar que lá já não se distingue o que é praxe daquilo que é Tradição Académica!
Desculpem o que vos vou dizer mas ouvir iniciar uma Tertulia com a frase "In nominae solenissima Praxis Tertulia aberta est" é um contrasenso. Tertulia é Tradição! Se fosse "praxe" teriamos de falar por hierarquia", teriamos de cumprir regras que não são compativeis com o termo tertuliar.
Custa-me ouvir os meus amigos de outros tempos, agora professores ou funcionários da Flup, dizerem-me que as coisas lá "estão uma vergonha"!
Doeu-me imenso ouvir o "meu Dux" no final dessa tertulia dizer-me já não há remédio!
Porra gente, existe sempre remedio, e ouvir o Tó dizer aquilo foi chegar à conclusão que as coisas estão mesmo mal.
Ouvir alguns elementos do CV explicar o que é uma "tourada ao lente" foi grave! Muito grave! Errou apenas numa palavra, mas o raio da palavra mudou todo o sentido e disvirtuou tudo. Não amigo que nem sei o nome, não são os "alunos " que fazem uma tourada ao lente, são os amigos que fizeram com ele todo o percurso académico! Um dia destes os caloiros que te ouviram vão decidir fazer "uma Tourada ao lente", e não vai ser uma "tourada", vai ser insubordinação! Porra, então voces que andam com o código de praxe na mão e dizem que o vivem não o leem? Como é possivel?
Sou "personna non grata na praxe", não encontro razão para o deixar de ser uma vez que não estou matriculado e como tal não a posso exercer! Mas esse facto não me impede de pugnar pela Tradição Académica da minha Flup e de estar disponivel para sentar com todos e tentar com todos chegar a consensos! Esse facto não me impede de vos chamar à atenção para que não têm o direito de privar ninguém de ter uma vida académica plena, e essa passa por terem o direito de escolher o seu caminho, seja em ser tuno, em não pertencer à tuna, em querer ser de um CV, de um MCV, de uma Comissão de Praxe.
Em Tradição somos apenas aquilo que os outros reconhecem em nós, não somos mais nem menos.
Tal como ontem disse ao amigo que me alertou para tudo isto, a Tradição em Letras não chegou ao ponto zero, infelizmente está varios pontos no negativo. Contudo agora só existe um caminho, não é possivel descer mais é so subir, e levar Letras outra vez ao cume como esteve em 1992 ou como quando conseguimos fazer a celebre "invasão à Ribeira" com 1163 académicos de Letras a jantar pela cidade e a juntarem-se todos na Praça da Liberdade para Invadir a Ribeira.
Vamos lá, amigos todos juntos meter mãos à Obra, os "velhinhos" de Letras tenho a certeza que estão ao vosso dispor para ajudar!
Litterae Ad Eternum
Fernando de Letras
(só porque graças a Deus ainda é assim que toda a Academia me conhece)