Faz hoje 5 anos que a maior tragédia envolvendo “académicos” aconteceu!

Faz hoje 5 anos que os Jovens na Foto partiram para sempre deste mundo.

Escreveram-se imensos artigos, filmaram-se milhares de horas de televisão, gastaram milhares de horas em comentários e debates, extremaram-se posições e afinal o que mudou?

O fim das “Praxes” tal como previa não aconteceu, não podia acontecer, eram milhares os estudantes que participavam em Tradições Académicas e em gozo ao caloiro! Estas coisas tão enraizadas não se acabam por decreto e se tal acontecer é um atentado à Liberdade de quem as defende e pratica! O que aconteceu foi, tal como também previa no que escrevi, os Magnificos Reitores proibiram “as praxes” dentro dos “Campus” e elas passaram a ser praticadas longe dos olhares dos mesmos e de todos aqueles que ainda possuem “bom senso” e por vezes não têm tempo para estar presentes em tudo.

Houve reuniões de todos Orgãos de Tradição Académica do País, houve debates em todo o lado mas as conclusões das mesmas e uma tomada de posição forte, eficaz, de compromisso, de coragem, de clarificação ficou por demonstrar. Uma tomada de posição que levasse as conclusões desses debates até à opinião pública não existiu, por força talvez da pouca propensão da nossa “Comunicação Social” para o contraditório, talvez porque a mesma não se consegue retratar depois de “fazer a sua verdade” para as suas audiências. Na minha humilde opinião, ficou um Congresso Nacional para se fazer. Um Congresso onde tudo fosse debatido, desde as origens até aos nossos dias. Um Congresso donde saísse um Código Nacional, caso não fosse um “Código de Praxe” que fosse pelo menos um “Código de Conduta” onde ficassem bem estabelecidos os limites para todas as acções que se tomassem quando se usa o “trajo académico”! Foi pena! Foi mesmo uma perda que se pode tornar irrecuperável! Talvez ainda haja hipótese. Talvez as pessoas que estão à frente quer das Instituições quer dos Orgãos de Tradição Académica ainda consigam corrigir estas situações através do Diálogo e do Compromisso. Eu ainda tenho esperança!

Quanto a vós “amigos que partiram”, tenho a certeza que continuais a viver no coração das vossas famílias e de todos os amigos que convosco conviveram! Tenho a certeza que lá longe, onde estais, continuais a velar por todos aqueles que vos são queridos.

Eu, simples velho veterano, apenas vos posso prometer que continuarei a defender que exista “bom senso”, compromisso, boas práticas, responsabilidade, diálogo e que as Tradições Académicas que vocês tanto amaram não morram nem se desvirtuem.

Ad eternum Lusofonae Academicus